A segurança nos condomínios tem se tornado uma preocupação crescente entre moradores e síndicos em todo o país, especialmente diante do aumento significativo de casos de invasões ao longo da última década. A ausência de sistemas de segurança eficazes pode agravar a situação, uma vez que os métodos utilizados pelos invasores são variados e nem sempre as medidas de segurança pública são suficientes. Ademais, muitos condomínios carecem de sistemas de segurança efetivos, o que contribui para o aumento do número de incidentes.
Em São Paulo, entre 2014 e 2018, foram registrados em média 12 mil ataques por mês a residências e condomínios, conforme dados do Sistema de Informações Criminais (Infocrim). No primeiro semestre de 2022, houve um aumento de 11,09% nos casos de furtos e roubos, totalizando 2.494 ocorrências.
Recentemente, em 23 de junho, uma família em Hortolândia (SP) foi feita refém por 30 minutos durante um assalto em sua casa dentro de um condomínio. A vítima, que preferiu não se identificar, acredita que os criminosos planejaram invadir a residência desde a entrada no complexo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os assaltantes levaram três televisores, cinco celulares e outros itens. Ao tentarem deixar o condomínio pela portaria, o sistema de entrada e saída não funcionou. Nesse momento, uma câmera de segurança registrou quando um dos criminosos usou o carro para forçar a abertura do portão.
Além disso, há reclamações dos moradores em relação à implementação das portarias virtuais. Um caso que ganhou destaque na mídia foi o de uma idosa que precisou descer até a portaria para receber atendimento médico, pois a equipe de socorro não pôde subir até seu apartamento. Uma das principais queixas é a demora na liberação de visitantes pelo funcionário remoto da portaria virtual, o que expõe os visitantes a riscos de assalto, especialmente durante a noite. A situação também afeta os entregadores de alimentos, que frequentemente precisam aguardar longos períodos até serem autorizados a entrar.