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Reajuste da taxa condominial – Compreenda a maneira correta de ajustar as finanças.

Por Pablo Crispilho

É crucial antecipar as necessidades do condomínio para determinar com precisão o aumento da taxa durante o reajuste. No entanto, há diversos aspectos a serem considerados: Deve-se levar em conta a inflação do período? A idade da edificação é relevante? Como garantir que os fundos adicionais serão utilizados de forma eficaz?

O momento de reajustar a taxa é sempre delicado, já que qualquer aumento impacta diretamente os moradores. Para evitar conflitos, é fundamental que o síndico e o conselho tenham pleno conhecimento da situação financeira do condomínio e das alterações propostas.

O reajuste da taxa condominial geralmente ocorre no início do ano, durante a assembleia geral ordinária, onde são aprovadas as contas do ano anterior e discutida a nova previsão orçamentária, incluindo o eventual aumento da taxa condominial.

Essas decisões devem ser tomadas pela maioria dos presentes na assembleia. Em situações extremas, se a previsão orçamentária e a nova taxa não forem suficientes para cobrir os gastos do condomínio, uma assembleia extraordinária pode ser convocada para fazer ajustes futuros.

É importante ressaltar que o reajuste da taxa condominial não precisa necessariamente acompanhar a inflação, pois muitos dos gastos do condomínio não estão diretamente ligados a esse índice.

O QUE CONSIDERAR

Histórico de despesas: Manter um registro detalhado dos custos do ano anterior facilita a identificação das áreas que requerem ajustes. Analisar cada item separadamente permite entender quais despesas demandaram mais recursos do que o planejado, possibilitando uma melhor previsão de gastos futuros.

Benfeitorias futuras: É importante avaliar se há planos para investimentos em obras ou melhorias que exigirão um aporte financeiro adicional. Projetos como pintura de fachadas, impermeabilizações e reformas demandam planejamento específico e separação de recursos.

Inadimplência: O índice de inadimplência do condomínio é um indicador crucial para determinar o impacto adicional que os condôminos adimplentes terão que arcar para cobrir os gastos essenciais.

Situação atual das contas: A saúde financeira do condomínio também deve ser considerada. Se as contas estão equilibradas e há um saldo positivo, talvez não seja necessário um aumento imediato. No entanto, se as finanças estão apertadas, um ajuste moderado pode ser necessário para evitar problemas futuros.

Dissídios e encargos trabalhistas: Os custos com funcionários representam uma parcela significativa das despesas do condomínio. É fundamental provisionar os valores relativos a décimo terceiro salário, férias e encargos trabalhistas para evitar impactos financeiros no final do ano.

Contas de água e luz: O consumo de água e energia elétrica é uma das principais despesas do condomínio. Prever possíveis reajustes nesses serviços é essencial para um planejamento financeiro eficaz.

Contratos de manutenção: Avaliar os contratos de manutenção, especialmente de serviços essenciais como elevadores, é crucial para evitar surpresas com reajustes de preços.

Gastos extras de final de ano: É importante considerar despesas sazonais, como decoração natalina e gratificações para funcionários, e diluí-las ao longo do ano.

MARGEM DE SEGURANÇA

É recomendável incluir uma margem de segurança nas contas do condomínio, geralmente entre 5% e 10%, para eventuais imprevistos ou emergências. Esse valor adicional pode ser utilizado para pequenos reparos ou despesas não previstas.

ERROS COMUNS

  • Subestimar a necessidade de atualizar a taxa condominial, mesmo que as contas do ano anterior estejam equilibradas.
  • Não considerar os custos relacionados aos funcionários, como dissídios e décimo terceiro salário, além dos contratos de manutenção.
  • Estabelecer um aumento de taxa que não prevê possíveis eventualidades.
  • Basear o reajuste apenas na inflação, ignorando as particularidades das despesas do condomínio.
  • Não levar em conta a média de inadimplência do condomínio.

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