Entre janeiro e agosto deste ano, a cidade de São Paulo contabilizou 5.240 roubos e furtos a residências, resultando em uma média de 21,65 casos por dia ou aproximadamente um a cada 1 hora e 7 minutos. Esses números refletem a sensação de insegurança que permeia a capital, especialmente em determinadas regiões. De acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública, reportados pela TV Globo, houve uma diminuição de 24% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram registrados 6.982 casos.
Contudo, essa redução não reflete a realidade vivenciada por moradores de áreas como Vila Andrade, na Zona Sul. Vídeos mostram episódios de invasões a condomínios de luxo por quadrilhas compostas por mais de 15 indivíduos, resultando em prejuízos substanciais às vítimas, estimados em R$ 3 milhões conforme relato em boletim de ocorrência.
Situações semelhantes são observadas no bairro do Tucuruvi, Zona Norte. Em um caso relatado pelo SP2, mesmo com muros, cerca e alarme, um ladrão conseguiu adentrar uma residência cujas medidas de segurança foram insuficientes para impedir a invasão. O criminoso permaneceu no local por uma hora e meia antes de se retirar. Poucos dias antes, uma situação semelhante ocorreu em outra casa nas proximidades.
sensação de insegurança é uma realidade cotidiana para os moradores do Butantã, localizado na Zona Oeste da cidade de São Paulo.
“Moro aqui há 69 anos e, com certeza, nós estamos vendo o pior momento do que se refere à violência. Há 26 anos, a minha casa foi invadida. Mas foi um episódio. Agora, não. São quatro invasões em um mês”, relata morador.
Os vizinhos dele, de 90 e 78 anos, também foram vítimas. Durante mais de duas horas, foram submetidos a ameaças e agressões enquanto os criminosos recolhiam o que podiam.
Em comunicado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou realizar ações contínuas para identificar essas quadrilhas. Somente neste ano, 154 criminosos foram detidos, sendo mais de 30 em flagrante por roubos ou furtos a residências.